Curso para mulheres da COPLACANA influencia em boas mudanças
Autoconhecimento e autoestima foram algumas das experiências que as participantes relataram ao longo do “Mulher Mil Volts”
As mulheres somam 1 milhão de agentes cooperadores do agronegócio. De acordo com dados da Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio, a presença feminina no segmento cresceu por volta de 7%. Frente a esse cenário, a COPLACANA identificou a oportunidade de criar o Núcleo de Mulheres, com lançamento oficial previsto para este ano. Para iniciar os trabalhos, alguns projetos já foram realizados e tiveram resultados positivos, influenciando positivamente o dia a dia das cooperadas, como é o caso do método “Mulher Mil Volts”.
A ideia de apresentar o método partiu da coordenadora do socioambiental, Andrea Pavani. “Esse olhar para as mulheres cooperadas e colaboradoras tem feito a diferença na vida de cada uma delas, no sentido de trabalhar em cada uma o autoconhecimento e o desenvolvimento pessoal, aspectos importantes no caminho da mulher protagonista de si mesma”, reforça Andrea.
A coach e mentora de mulheres, Elaine Curiacos é a idealizadora do “Mulher Mil Volts” e foi convidada para desenvolver o método com as cooperadas da COPLACANA. “Vivemos momentos de grande mudança e a área do agro é a que mais cresce no Brasil, porém a pessoa sempre está junto com a profissional. Por isso é importante ajudar as mulheres a se conhecerem para irem mais além, pois muitas delas tem muito potencial técnico, experiência, mas não avançam por travas internas”, explicou Elaine.
O curso voltado para as mulheres foi realizado entre agosto e novembro de 2021, e as participantes estão colhendo frutos desta experiência até hoje. A cooperada Christina Pacheco, de 74 anos, é a quarta geração a gerenciar a fazenda da família em Capivari. Para ela, o curso foi decisivo para começar a tomar atitudes e mudar algumas coisas detectadas ao longo da experiência.
Entre as vivências que a ajudaram a se movimentar, ela cita o mapa de metas criado durante o curso. “Para mim foi um elemento bastante importante porque deu rumo às coisas pessoais que eu queria neste ano e eu tenho seguido à risca para trabalhar cada um desses tópicos para chegar no final do ano e tê-los na minha cestinha de gratidão”.
Aline Iacovantuoni, de 33 anos, atua na parte administrativa e gerencial da fazenda de sua família em Mato Grosso e Tocantins. Segundo ela, o “Mulher Mil Volts” foi um divisor de águas em sua vida para que começasse a tomar atitudes que há muito tempo estava em dúvida.
“Com esse curso, parece que a gente sai do papel de vítima, do papel de não ter responsabilidade, e assume as rédeas, sabe? Entende que é a gente que tem que resolver, que a gente tem que ir atrás, que somos nós que vamos fazer a diferença”.
Elaine conta que se sentiu realizada ao aplicar o seu método porque, com esses depoimentos, ela vê que conseguiu atingir seu objetivo. “A ideia é fazer com que as mulheres ousem mais, se sintam mais seguras para avançar no seu negócio e cresçam no mundo do agro cada vez mais. Saiam do papel de vítima para ser protagonista de sua história. Uma história de sucesso”.
O curso também teve outro efeito nas mulheres, de elevar a autoestima. Graziela Furlan, de 45 anos, cuida da parte administrativa do sítio da família, enquanto seu marido e filho ficam na lavoura, e ela reconhece as mudanças internas que a experiência lhe deu. “Comecei a me dar mais valor. Primeiro era sempre eles, uma mãe sempre coloca o filho e o marido em primeiro lugar, mas agora não, eu penso mais em mim também. O curso ensina a correr atrás dos sonhos, com a ideia de que você consegue, você merece”.
O ponto central do método “Mulher Mil Volts” é fazer a mulher voltar o olhar para si mesma e reconhecer a sua importância. Rosana Striolli, 58 anos, é esposa de um produtor rural e viveu sua vida inteira no agro, mas não diretamente no campo e sim auxiliando sua família. “O curso mudou a minha vida, porque eu acho que a mulher só vai absorvendo as coisas, fazendo as tarefas sozinha, e no final eu aprendi a delegar mais, a repartir e auxiliar com um pensamento mais positivo”.
O grupo de mulheres da COPLACANA surpreendeu Elaine. “A maioria avançou muito. Temos muitos depoimentos que me deixam extremamente feliz, já que a mentoria terminou ano passado e elas continuam evoluindo cada vez mais”, comemora a idealizadora.